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sexta-feira, 31 de julho de 2015

Opinião sobre o livro «As Aventuras de Alice No País Das Maravilhas» do escritor Lewis Carroll

As Aventuras de Alice no País das Maravilhas
Lewis Carroll
Coleção:  Clássicos
Encadernação:  Capa dura
ISBN:  9789896334888
Páginas:52
Idioma:Português
Preço:6,95 euros

Comecei a ler:31-07-2015

Terminei de ler:31-07-2015




Uma história clássica escrita pelo autor Lewis Carroll e com ilustrações de Robert Dunn. Histórias que continuam a fascinar os mais novos e com uma lição de moral.
Sinopse:
«Desce pela toca do coelho até ao País das Maravilhas, um lugar onde há chás da tarde loucos e jogos de cróquete com cartas de baralho.
Encontrarás lá um gato que ri, uma curiosa lagarta azul e a Rainha de Copas, que quer decapitar a Alice! Irá a Alice conseguir encontrar o caminho de regresso a casa?»retirado da contracapa do livro

Alice no País das Maravilhas (Walt Disney)...

Minha opinião:
Este é um conto infantil que virou um clássico com todo o mérito inerente a um grande clássico.
O livro que li não foi o livro original de Lewis Carroll mas sim um conto adaptado por Ronne Randall para crianças de 8 anos, contudo a beleza da escrita e as ilustrações maravilhosas de Robert Dunn, fizeram-me regressar à minha infância.

Adorei o livro, gosto sempre da personagem do gato e da lagarta azul, mesmo no filme são as personagens que gosto mais, não sei  explicar o porquê, talvez por serem as que eu acho mais fantásticas, neste mundo que já por si é de fantasia. Gosto muito da parte em que Alice está sempre a aumentar e a diminuir o seu tamanho é hilariante e com muito espírito de fantástico. 

Bom foi uma leitura muito rápida, feita em menos de uma hora, estava com insónias e não sabia o que ler, então decidi ler este conto maravilhoso.

Gostei muito e recomendo a sua leitura.
Classificação: 4 estrelas no Goodreads 
Boas leituras!

sexta-feira, 24 de julho de 2015

Minha opinião sobre o livro "A Praia das Pétalas de Rosa" da escritora Dorothy Koomson

A Praia das Pétalas de Rosa
de Dorothy Koomson
Edição/reimpressão:2013
Páginas: 544
Editor: Porto Editora
ISBN: 978-972-0-04447-1
Idioma: Português
Preço:14,94 euros

Comecei a ler:20-07-2015
Terminei de ler:24-07-2015

Sinopse:
«Todas as histórias de amor sofrem reviravoltas.
Depois de quinze anos de um grande amor e um casamento perfeito, Scott, marido de Tamia, é acusado de algo impensável.
De repente, tudo aquilo em que Tamia acreditava - amizade, família, amor e intimidade - parece não ter qualquer valor. Ela não sabe em quem confiar, nem sonha o que o futuro lhe reserva.
Então, uma estranha chega à cidade, para lançar pétalas de rosas ao mar, em memória de alguém muito querido e há muito perdido. Esta mulher transporta consigo verdades chocantes que transformarão as vidas de todos, incluindo Tamia que será obrigada a fazer a mais dolorosa das escolhas...» retirado do site wook

O QUE ESTARIA DISPOSTA A FAZER PARA SALVAR A SUA FAMÍLIA?
Book trailler...
Minha opinião:

Adorei este livro, adorei a escrita de Dorothy Koomson, simplesmente fantástica, uma escritora que já entrou para as escritoras descobertas no ano 2015 que mais gostei. 
Fiquei desde logo apaixonada pela forma como a autora escreve e conseguiu transportar-me para dentro do enredo. Por vezes parecia que eu era a personagem que estava a assistir ao desenrolar da história. 

Devo referir que logo o modo como começa o livro é brilhante e foi assim que apaixonei logo pela escrita, ora vejam tão simples quanto isto:«É aqui que a minha vida começa». Isto levou-me logo como leitora a questionar mas afinal o que pode ter acontecido a esta mulher para a vida dela só começar ali?


Um livro que poderia aparentemente ser uma história simples de infidelidade, vai muito além disso. Fala-nos do valor das relações humanas, da amizade, do companheirismo, do maternalismo, da honestidade nas relações inter-pessoais, do relacionamento conjugal, e até um leve cheirinho às relações amorosas entre pessoas do mesmo sexo.

Achei incrível a modo como a escritora vai construindo todo o enredo, não vou contar nada, mas devo salientar que esta é uma história feita sobre verdades e mentiras. O valor da verdade nas relações humanas é aqui muito explorado, seja qual for a natureza da relação humana a que nos referimos. Antes vale uma verdade dolorosa do que uma mentira suave que com o tempo se vai acumulando num conjunto de mentiras e quando dá mos conta vivemos no meio de uma teia de mentiras.Deste modo o este livro transmite também as suas lições de moral para as relações humanas actuais.


Tami é uma mulher que se entrega por completo ao seu amor, ao amor da sua vida, sem restrições e sem limitações, ela confia completamente nesse amor, no entanto, abdica sem dar conta disso, de modo consciente de muitas coisas da sua vida. Scott é o amor da vida de Tami, ela conheceu-o desde sempre e amou-o também desde sempre.
Mas a vida transforma as pessoas, ou talvez não as transforme, simplesmente faz-nos ver o que não víamos nelas. Scott transformou-se em alguém que Tami já não conhecia, já não era o seu marido, com o qual tinha casado e gerado duas lindas filhas. Tami foi sempre, a meu ver, uma mulher forte e independente, com uma perspectiva  daquilo que queria para a sua vida, mas o amor de Scott acabou por lhe transformar as escolhas, incluindo uma carreira de sucesso, e Tami passou a ser não mais do que uma mãe e uma dona de casa, dedicada às filhas, ao marido e à família. Eu acreditava que ela era feliz com a sua escolha, mas questiono-me se não terá abdicado em demasia pelos outros esquecendo-se de si mesma, tornando-se assim apagada.
Scott amava Tami, pelo menos era o que me dava a entender no início, mas depois com o passar do tempo as coisas mudaram.

Muitas vezes, o amor não chega, e a verdade é que, com o tempo as coisas mudam, com o passar dos anos por vezes o amor deixa de ter aquela chama que tinha no início. Se não existir um "investimento" por parte dos elementos do casal na relação ela escapa por entre os dedos e as pessoas acomodam-se numa relação que já não tem nada de confortável, mas que se tornou somente uma rotina.
O que eu senti pelo Scott? Acima de tudo desilusão, depois veio a raiva e a tristeza em simultâneo, os  mesmos sentimentos foram por mim nutridos em relação a Beatrix.
Em relação a  Mirabelle, nunca consegui deixar de confiar nela, sempre a achei uma personagem com princípios, uma personagem fiel, amiga do seu amigo, até ao fim.
Adorei a personagem da Fleur, uma rapariga inteligente, fruto de uma vivência  complicada com o pai e do abandono parcial da sua mãe. Mas acima de tudo uma pessoa que ao longo da parte do livro em que entra, notasse uma evolução, um crescimento interior, um querer deixar para trás um passado que a atormenta e viver um presente que ela tem medo mas está a gostar de o viver.

Achei muita piada às filhas de Tami e Scott, as pequenas Cora e a Anansy, que se vão tornando tão cúmplices ao longo de toda a tragédia que se abate sobre os pais, mas que têm sempre uma palavra meiga e carinhosa para todos os intervenientes. As suas perguntas pertinentes é que me deixou a pensar que no meio de todo este processo as crianças é que sofrem.

Adorei a escritora, tenho muitos livros dela cá em casa, estão no post anterior os livros que tenho e pretendo ler assim que me for possível. Foi muito bom ter descoberto a escritora Dorothy Koomson, mais uma excelente escritora para a lista de 2015.

Gostei muito e recomendo vivamente a sua leitura.
Classificação 5 estrelas no Goodreads.

Excerto:
retirado da internet

«Já ouviram falar da Praia das Rosas?
D lenda da mulher que renunciou a toda uma vida por amor? Percorria uma ilha deserta de lés a lés em busca do amado que se perdera no mar. O seu amor era tão raro e assombroso, tão profundo, tão belo e tão puro que, ao caminhar, os seixos aguçados da praia lhe feriam os pés e cada gota de sangue se transformava numa pétala de rosa, até que a praia se converteu numa manta de perfeitas pétalas vermelhas.
Já ouviram falar da Praia das Rosas?
Valerá a pena matar para a conhecer?» Prólogo 

Boas leituras!

segunda-feira, 20 de julho de 2015

Minha Opinião sobre o livro «Miúda Online» da escritora Zoe Sugg

Miúda Online
de Zoe Sugg
Edição/reimpressão:2015
Páginas: 312
Editor: TopSeller
ISBN: 9789898800121
Preço: 14,93 euros

Comecei a ler:18-07-2015
Terminei de ler:19-07-2015

Sinopse:
«Penny é uma jovem igual a tantas outras que, sob o pseudónimo de «Miúda Online», partilha num blogue os seus sentimentos sobre amizades, rapazes, as loucuras da sua família e a dura realidade dos seus ataques de pânico cada vez mais frequentes.
Quando as coisas pareciam não poder piorar, Penny é arrastada pela família para Nova Iorque, onde acaba por conhecer Noah: um jovem americano, guitarrista, lindo de morrer. E assim, sem qualquer aviso, Penny apaixona-se e vai partilhando online todos os momentos do seu novo amor.
Mas Noah também tem um segredo, que pode revelar a verdadeira identidade de Penny, e afastá-la do seu maior amigo para sempre.» retirado do site wook

Booktrailer de Miúda Online...

Minha opinião:

Gostei muito deste livro,foi uma leitura leve, mas também não estava à espera de um livro para além disso. Dentro do género de leitura YA achei excelente e proporcionou-me momentos de grande prazer. Ri-me bastante com algumas partes do enredo mas em outras partes fez-me refletir, sobre isto do mundo online. Foi uma leitura que fiz com brevidade dada a escrita suave, com muitos diálogos, postes do Blog da Miúda Online, mensagens de sms, tudo muito tecnológico. O livro tem uma mensagem, aliás mais que uma, tem várias mensagens de alerta, tanto para o mundo online como para o dia a dia, como por exemplo como lidar com ataques de pânico ou ter cuidado nas pessoas em quem confiamos. Neste aspecto conseguiu surpreender-me muito pela positiva.

Relativamente à história temos como personagem principal a Penny, que é uma adolescente de 15 anos desastrada e que não se aceita muito bem, não se acha bonita, não acha que algum dia vai ter alguém que goste dela tal como ela é, bem os típicos dilemas de uma adolescente. O seu melhor amigo é Elliot, um rapaz cheio de estilo e que enfrenta uma série problemas com os seus pais, que são advogados, vivem em demasia para a sua profissão, esquecendo-se que têm um filho adolescente, que vive com o problema da não aceitação pela parte dos pais da sua orientação sexual.
Penny é apaixonada por fotografia e é através dela que  Penny gosta de emoldurar os momentos que lhe despertam emoções especiais. Não que ela tenha muitos, já que ela está cada vez mais convencida de que algumas pessoas que ela conhece desde sempre não eram tão suas amigas quanto ela esperava que fossem. Por sorte ela pode falar sobre tudo isto no seu blog «Miúda Online». Tudo de um jeito anónimo e muito seguro.Isto é o que ela pensa!

Quando sua mãe é contratada para fazer a decoração de uma festa de casamentos em Nova Iorque ela mal pode acreditar que vai atravessar o oceano atlântico junto com os seus pais e o seu maior amigo, o Elliot. Seria uma aventura e tanto se ela não tivesse que enfrentar os ataques de pânico que a afligem desde que se envolveu num acidente de automóvel. Mas para sua surpresa e com a ajuda dos conselhos de Elliot ela consegue sair inteira do voo e finalmente pode dar-se ao luxo de se divertir na cidade que nunca dorme. Instalada  num dos hotéis mais luxuosos e conhecidos da cidade, ela acaba por conhecer Noah, um rapaz incrivelmente bonito que parece gostar dela do jeito que ela é. E quando tudo parece estar a dar certo, a vida de Penny vira de pernas para o ar.

Eu não conhecia a blogueira Zoe e nem sequer acompanho os seus vídeos no youtube ou o seu blog, apesar de ter ido lá dar os parabéns pelo livro, fico admirada com toda a polémica gerada em redor dela ter escrito um livro, ou se contratou alguém para o fazer por ela, a consciência dela é que tem que ditar as regras com que rege a sua vida. Eu como leitora limito-me a gostar ou não do seu trabalho e devo dizer que muito francamente gostei e muito.

A verdade é que a escritora foca pontos muito importantes como por exemplo, e já referi anteriormente, os ataques de pânico, que é algo que é muito complicado de gerir ao contrário do que muitas pessoas possam pensar, é uma sensação verdadeiramente horrível eu já sofri com isso durante muitos anos mas graças a deus já não tenho essas crises faz muito tempo.

A personagem Penny tem muito mais para dar na sua história para além dos ataques de pânico, ela não se resume a isso, apesar de estes terem um significado muito importante na sua vida. 
A sua amizade com Elliot foi uma das coisas mais bonitas do livro. Acho que todos gostaríamos de ter alguém que pudéssemos contar o tempo todo,  que estivesse ao nosso lado até mesmo quando achasse que não merecíamos. O Tom, é o irmão de Penny e aparecer quando a irmã mais precisava, por isso é uma personagem muito, mesmo muito apagada, mas está lá quando a irmã mais precisa dele.

Gostei muito da história de amor que surge entre Penny e o nova-iorquino Noah, apesar de todos pós e contras foi gira e engraçada, com muitos momentos extremados próprios dos adolescentes. Noah é tudo aquilo que Penny sempre sonhou: bonito, compreensivo, romântico e verdadeiro. Ele, nas palavras da protagonista, "encaixa" bem nela e tenta ajudá-la a ultrapassar os seus medos e inseguranças. Os dois parecem o par perfeito, e alegam que nem o oceano atlântico vai estragar aquilo que têm. 
Contudo, por muito amor que esta história tenha, não posso deixar de mencionar que a escritora  foi bastante feliz em abordar o lado negativo da internet. Aquele em que as pessoas cheias de ódio despejam todas as suas amarguras através de um comentário com o intuito de magoar uma pessoa que nem sequer conhecem. Esse aspecto, segundo o meu ponto de vista foi muito importante ter sido focado neste livro, dado que é um livro lido maioritariamente por jovens e não só e vai no sentido de incutir alguma responsabilidade naquilo que comentamos e postamos na internet, até os likes  que fazemos. As "coisas" têm que ser pensadas e temos que medir os prós e os contras das acções que tomamos, se agirmos mal arcar com as consequências disso. Mas caso estejam a ser incorrectos connosco também temos o direito de nos defendermos, acreditem ou não em nós mas a defesa é um direito que nos assiste.


Polémicas à parte, tenho que dizer que “Miúda Online” foi uma enorme surpresa, depois de uma semana a ler suspense e thriller este livrinho caiu que nem ginjas.
Já fazia algum tempinho que um livro young adult não me  deixava tão bem disposta, que prefiro olhar para esta história e levar apenas boas recordações dos momentos que passei junto com Penny, Noah, Elliot e a família linda que eles têm. Ufa ia esquecendo da adorável personagem que é a irmã mais nova de Noah, é uma miúda de cinco anos completamente hilariante.

Fiquei entretanto a saber que vem por ai uma continuação deste livro e fico feliz por saber, pois adorei este e conto ler o próximo.
É uma leitura muito linda e muito engraçada, e repetindo-me com muitas lições de vida.

Recomendo vivamente a leitura, para quem quer algo leve.
Classificação 4 estrelas no Goodreads
Excertos:
«Para a maioria das raparigas, chegar a casa e encontrar a mãe a posar nas escadas com um vestido de noiva seria um acontecimento aberrante. Para mim, é a norma. 
...
Os meus pais têm um negócio de organização de casamentos chamado Amar-te e Respeitar-te, que tem a sua sede numa loja na cidade.A minha mãe começou o negócio após desistir da carreira de atriz para ter o meu irmão Tom e depois me ter a mim. Especializou-se em temas pitorescos.  Especializou-se também em experimentar todos os vestidos de noiva que tem em armazém. Acho que sente a falta de usar os fatos dos seus tempos de representação.» pág.21 e 22.

«À medida que o meu corpo começa a aquecer, tenho um vislumbre aleatório do passado, de quando era uma miúda pequena e a minha mãe me fazia uma tenda com cobertores, para eu brincar lá dentro. Eu ficava deitada na tenda com uma pilha de livros e a minha lanterna e passava ali horas a ler. Adorava ter aquele pequeno esconderijo do mundo.» pág.23

«-Se calhar devias escrever sobre isso no blogue.
O Elliot é a única pessoa que sabe do meu blogue. Contei-lhe logo no início, porque a)posso confiar nele para tudo e b)ele é a única pessoa com quem posso ser completamente eu mesma, por isso não há nada no blogue de que ele já não saiba.» pág.25

«Imaginem o palácio de conto de fadas mais incrível, bonito e luxuoso que o vosso cérebro seja capaz de conjurar. Depois acrescentem mais mármore, mais ouro, mais lustres e mais brilho e cintilação de um modo geral, e então talvez tenham algo que se assemelhe ao Waldorf Astoria.» pág.99

«Quando entrares em pânico, não o combatas. Isso torna as coisas um milhão de vezes piores. Diz apenas a ti mesma:"Tudo bem, agora estou a sentir-me ansiosa, mas não faz mal."
-E isso resulta?
-Comigo, resultou. A minha psicóloga conseguiu que eu visualizasse o meu medo no interior do meu corpo. Fez com que eu lhe desse uma cor e uma forma, e depois disse:"Senta-te com ele e vê o que acontece.".» pág.147

«...percebi como o mundo da Internet pode ser superficial.
É um mundo onde as pessoas acham que não faz mal esconderem-se atrás dos seus ecrãs e nomes de utilizador para destilarem veneno sobre pessoas que nem sequer conhecem.» pág.300

«Portanto, da próxima vez que forem publicar um comentário ou uma atualização, ou quiserem partilhar um link, perguntem-se a vocês mesmas:isto vai contribuir de alguma forma para a felicidade no mundo?» pág.301

«...-E a verdade é que não sei. O que aconteceu antes deixou-me com tanto medo do mundo online, que a verdade é que não sei se quero lá voltar-sobretudo agora, que já não tenho o anonimato da Miúda Online para me esconder.» pág.303
Boas leituras!

sábado, 18 de julho de 2015

Minha opinião sobre o livro "A Lenda de Despereaux" da escritora Kate DiCamillo

A Lenda de Despereaux
de Kate DiCamillo
Edição/reimpressão:2006
Páginas: 288
Editor: Edições Gailivro
ISBN: 9789895573226
Coleção: Obras de Kate DiCamillo
Faixa etária: até aos 12 anos
Preço:4,90 euros

Comecei a ler:17-07-2015
Terminei de ler:18-07-2015

Sinopse:
«Despereaux Tilling, um pequeno mas corajoso rato, é diferente dos restantes ratos. Os seus sonhos conduzem-no para fora do mundo dos ratos e para o mundo das pessoas e das ratazanas. Pelo caminho, ele descobre algumas coisas surpreendentes sobre si mesmo e sobre aqueles que o rodeiam. No final, Despereaux descobre que mesmo o ratinho mais pequeno pode ser corajoso e bem sucedido como qualquer cavaleiro andante.
- Mais de 1 milhão de exemplares vendidos nos E.U.A
- Bestseller do New York Times (mais de 90 semanas no Top)
- Medalha Newbery 2004
- Melhor livro do ano para crianças, Publishers Weekly
Prémios e Distinções:
- Finalista do National Book Award, Young Peoples Literature
- Seleccionado pelo Book Sense 76
- Vencedor do parents Choice Silver Honor Award
- Vencedor do Oppenheim Toy Porfolio Gold Award» retirado do site wook

Críticas de imprensa...
O ambiente de conto de fadas é recriado num traço clássico pelo ilustrador Timothy Basil Ering, dando-nos imagens simpáticas de seres normalmente repelentes. Cenários para teatro, murais privados, trabalhos para revistas e livros são as actividades principais do artista em Somerville (Massachusetts), onde vive. 

"A minha mãe pode ter sido um rato na sua vida passada, pois durante a minha infância via-a salvar muitos ratos na nossa casa. As ilustrações que fiz de Despereaux Tilling são, de certa forma, o meu tributo a ela", disse Tim Ering relativamente à "Lenda de Despereaux". 

No final do livro, a autora recorda uma frase da personagem Gregory, o carcereiro, dirigida a Despereaux: "As histórias são luz." E manifesta depois um pequeno desejo ao leitor: "Espero que tenhas encontrado alguma luz nesta história."Não terá Kate DiCamillo de se preocupar, "A Lenda de Despereaux" é um livro luminoso. E poderoso."
in Público, 2 de Setembro de 2006



«Podendo ser considerado um conto de fadas moderno, esta história de um herói pequeno, mas de coração grande, como reza a frase publicitária, centra-se em torno de Despereaux, um valente ratinho banido para as masmorras por falar com um ser humano. Ao seu lado, encontramos ainda Roscuro, uma ratazana com bom coração que adora a luz e a sopa mas se vê exilada na escuridão, e Mig, uma criada que sonha ser princesa, mas se vê forçada a servir o carcereiro. Todos eles vão cruzar-se com Pea, uma princesa que vive num castelo sombrio. Quando esta é raptada, Despereaux descobre ser o único a poder salvá-la…» retirado do JN


A Lenda de Despereaux trailer Português...

A Lenda de Despereaux 2008 - Filme Animação Completa em Português

Um conto de fadas moderno 'A Lenda de Despereaux' conta a história de vários heróis improváveis: Despereaux, um valente ratinho banido para as masmorras por falar com um humano; Roscuro, uma ratazana com bom coração que adora a luz e a sopa mas se vê exilado na escuridão; Pea, uma princesa num castelo sombrio, prisioneira do desgosto de seu pai; e Mig, uma criada que sonha ser princesa, mas se vê forçada a servir o carcereiro.

Minha opinião:
O livro «A Lenda de Despereaux» conta-nos a história de um ratinho chamado, Despereaux, que era apaixonado por música, histórias e uma princesa chamada Ervilha. Um ratinho franzino com umas enormes orelhas e um coração sem tamanho. Um ratinho “grande” demais para o pequeno mundo onde vive.

Supostamente escrito para crianças e jovens, «A Lenda de Despereaux» é daqueles livros que não tem idade para ser lido, como se costuma dizer é uma leitura recomendada dos 8 aos 80, pois as lições de vida que são dadas também servem e muito aos mais velhos.
O romance está repleto de mensagens intemporais importantes sobre a necessidade de nos assumirmos como somos e sobre o poder da redenção.
A meio caminho entre o conto de fadas tradicional e a épica cavaleiresca medieval, a história é-nos contada por um narrador sem nome, mas cheio de humor e inteligência. Fala directamente com o leitor, coloca questões e adverte, apontando consequências para algumas acções. Manda, até, procurar no dicionário algumas palavras. Facto, este último, que é deveras muito interessante para incutir nos leitores mais novos a importância do dicionário.
Neste livro da escritora Kate DiCamillo reside uma grande criatividade: o leitor quase esquece o seu estatuto enquanto tal e passa a ouvinte. Um ouvinte atento de uma história inesquecível.

No entanto, por detrás desta aparente simplicidade, vemos desenhar-se alguns temas bem adultos, como por exemplo o abandono parental. Mas as aventuras deste rato único mudam as vidas dos adultos e das crianças. E estas mudanças traduzem-se, mais uma vez, em outro tema bem adulto: a capacidade de perdoar.
Então vamos ter, um rato apaixonado por música, histórias e por uma princesa chamada Ervilha. Vamos conhecer Roscuro, uma ratazana que vive na escuridão mas anseia por um mundo cheio de luz, e Miggery Sow, uma pequena criada pouco inteligente com um desejo simples mas impossível.

Posso não saber o que fazem um rato, uma princesa, uma ratazana, uma menina que quer ser princesa e muita sopa juntos num conto. Mas sei que a magia ganha verdadeiramente forma nas páginas deste livro maravilhoso.

Gostei muito deste livro e aconselho-vos a ler, pois ensina-nos que por Despereaux ser um pequeno rato, não significa que não consiga ser forte e corajoso. Sendo esta mais uma das lições que a autora quer transmitir aos leitores.
A escrita da autora é a meu ver simplesmente maravilhosa e muito “meiga”, esta é uma história onde nada é deixado ao acaso e em quase todos os capítulos existem aspectos que podem ser explorados com as crianças, seja a nível dos valores, dos sentimentos, dos sonhos e desejos, das nossas ações e até mesmo de significados de palavras. Como já referi anteriormente a autora refere com frequência a recorrência ao dicionário, ou ela própria dá o significado da palavra não de modo explícito mas levado o leitor a chegar ao significado de forma implícita.
Por todas estas razões e estas magníficas sensações que este livro teve a capacidade de me proporcionar, só posso considerá-lo excelente.

Fico muito curiosa com os outros títulos da escritora, pois pelo que pude apurar ela tem livros infantis brilhantes.
Excertos:
«Leitor, sabe que um destino interessante (às vezes com ratazanas, todas aquelas outras vezes não) aguarda quase todos, ratos ou homens, que não se conformem.» pág.31

«O Leitor pode perguntar, aliás, deve perguntar: será ridículo que um ratinho muito pequenino, com um ar doente e grandes orelhas se apaixone por uma princesa chamada Ervilha?
A resposta é ... sim. Claro que é ridículo.
O amor é ridículo.» pág.38

«Leitor, imagina, se conseguires, passares toda a tua vida numas masmorras. Imagina que, num dia de Primavera, sais da escuridão e entras num mundo de janelas cintilantes e chãos polidos, panelas de cobre a brilhar, armaduras reluzentes e tapeçarias bordadas a ouro.
Imagina.» pág. 113

«Cada acto, leitor, por mais insignificante que seja, tem consequências.» pág.127

«Leitor, achas que é muito horrível ter esperança quando na verdade não há muito para que esperar? Ou será (como o soldado dissera sobre a felicidade) algo que mais vale sentir, já que, no final, só a própria pessoa é que se importa?» pág. 154

Recomendo vivamente a sua leitura.
Classificação no Goodreads: 5 estrelas

A escritora
«Kate DiCamillo passou a sua infância no Sul dos Estados Unidos da América e estudou na Universidade da Flórida.
Publicou também vários sucessos para jovens leitores, como «A Libertação do Tigre» e «Por Causa de Winn-Dixie». 
A escritora recebeu alguns dos mais prestigiados prémios dos EUA com a obra «Por Causa de Winn-Dixie», um dos livros mais populares nos EUA e no Reino Unido, vendendo mais de 200 000 exemplares. Sobre «A Lenda de Despereaux», a autora comenta: «O filho da minha melhor amiga pediu-me que lhe escrevesse uma história sobre um herói inesperado e com orelhas muito grandes. Perguntei-lhe o que aconteceria a esse herói e ele respondeu que não sabia e que queria que eu escrevesse a história, para ele descobrir. Pois bem, Bailey. Três anos depois, aqui está a lenda do teu herói muito improvável e de orelhas desmesuradamente grandes. Obrigada por teres esperado tão pacientemente.»
Atualmente Kate DiCamillo mora em Minneapolis, Minnesota nos EUA.» retirado daqui
Boas leituras!

quarta-feira, 15 de julho de 2015

Minha opinião sobre o livro «Black Out - A Cortina da Memória» da escritora Lisa Unger

Black Out
A Cortina da Memória
de Lisa Unger
Edição/reimpressão:2009
Páginas: 284
Editor: Editorial Presença
ISBN: 9789722342407
Coleção: Minutos Contados
Preço:16,65 euros

Comecei a ler:13-07-2015
Terminei de ler:15-07-2015

Sinopse:
«Num primeiro olhar, a vida de Annie Power parece feliz, quase idílica. Vive num bairro rico, na Florida, com um marido que a adora, Gray, e uma filha ainda pequena, Victory. Mas, subitamente, os demónios de um passado que Annie preferia a todo o custo esquecer começam a rondá-la, trazendo-lhe memórias de alguém que ela foi um dia. Annie vê-se envolta numa espiral ascendente de puro terror à medida que as ameaças vão assumindo contornos mais perversos e que luta por recuperar as memórias malditas que poderão ser a única forma de se defender a si mesma e a Victory. Afinal, Marlowe Geary, o serial killer que conheceu anos antes, está de volta, a um passo de aniquilá-la.»retirado do site wook

Críticas de imprensa...
«Um thriller arrebatador...impossível parar de ler até à última página.»
Entertainment Weekly 

«Uma leitura excelente para quem gosta de suspense.» 
Cosmopolitan 

«O último livro de Unger mantém a adrenalina nos níveis máximos, com um enredo intrigante e uma tensão psicológica quase insustentável... Vale bem pena a viagem.» 
People 

«Unger faz um trabalho de mestre quando se trata de manter o leitor interessado.» 
St. Petersburg Times 

«Unger cria o nível de tensão perfeito, no fio da navalha.» 
Associated Press 

«Black Out - A Cortina da Memória está destinado a ser um êxito. Um thriller com mais reviravoltas que uma jaula cheia de cobras. Agarre-se bem, é uma viagem assustadora!» 
Bookreporter 

«Este livro é, sem dúvida, especial - mais uma vez, Lisa manteve-me acordado toda a noite.»
Crimespree Magazine 

«Uma odisseia assombrosa.» 
Publishers Weekly

Minha opinião:
Este foi o primeiro livro que li da escritora Lisa Unger e fiquei rendida ao modo como ela conseguiu levar-me pelas páginas deste seu livro, que é sem sombra de dúvida um livro delicioso e aterrado, um excelente thriller psicológico.

Na realidade quando iniciei a leitura estava fora da minha zona de conforto, suspense e thriller não fazia de todo o meu género favorito, mas depois de ler este livro fiquei rendida ao género, com muita curiosidade de ler mais livros desde estilo. Este ano já li deste género dois livros, «A Rapariga do Comboio» e «Em Parte Incerta» e adorei os dois por este motivo posso dizer que este género já não me coloca fora da minha zona de conforto. A constatação de este facto tornou-se uma mais valia para prosseguir a leitura do próximo livro desta Maratona de Inverno.

Annie Powers é a personagem principal da história e a narradora da mesma, narra a história em três tempos espácio-temporais distintos: passado, presente e futuro. Todos eles carregados com um suspense enorme. O que fez com que não conseguisse largar as suas páginas.

No entanto, esta não é uma leitura leve, foi uma leitura lenta, em que tive que me obrigar a parar para reflectir sobre o que lia. Não é um livro complicado de se ler, nada disso, mas é um livro complexo em termos psicológicos, emocionais, a personagem Annie é muito complexa, por isso é que é considerado um thriller psicológico.

Annie Powers, vive no presente, uma vida rica e luxuosa, mas na sua vida tudo não passa de uma farsa, o seu verdadeiro nome é Ophelia March. No passado Anne, ou melhor dizendo Ophelia teve uma juventude que a traumatizou para toda a sua existência, tendo passado ao lado de um serial killer, de seu nome, Marlowe Geary.
Contudo o assassino, morreu, e Ophelia também foi dada como morta para que pudesse assumir uma nova identidade. Para que pudesse desta forma começar uma nova vida ao lado do seu actual marido Gray, do qual tem uma filha a Victory, que Annie ama de todo o coração.

No passado temos Ophelia, no presente temos Annie que vive com o seu marido Gray e a sua filha Victory e no futuro, que eu julgo ser o futuro temos Annie sozinha a fugir do seu passado, do monstro que a atormenta, que é o serial killer, Marlowe Geary. Mas será mesmo?

Mas nem sempre Marlowe foi para Annie um serial killer, daí a narradora ter a necessidade de nos contar a história do seu passado. Annie tem um passado perturbador, assustador, do qual poucos conhecem.

Ao ler este livro vamos apercebendo que a narradora guarda segredos inconfessáveis, são eles que nos ajudam a compreender o presente dela e o futuro.

Annie é uma mulher psicologicamente perturbada, cheia de medos e resta-nos a nós enquanto seguimos a história da sua vida, ao longo desta narração, verificar se estes medos de Annie são fruto da sua imaginação fértil ou se têm o seu quê de realidade.
O problema é que Annie sofre de um distúrbio mental, pelo que o seu passado é recheado de black outs - fugas de memória. Muito do que ela viveu está escondido no seu subconsciente.

Agora casada com o homem que a salvou e com uma filha, depara-se com várias pistas que lhe parecem indicar que Marlowe não está, como todos lhe garantem, morto. Pior que isso, até que ponto se encontra ela mentalmente doente, e até que ponto pode confiar nos seus olhos, nos seus movimentos, mais grave, até que ponto pode ela confiar nas pessoas que a rodeiam?

Adorei este livro, apesar de ter requerido muita atenção ao desenrolar dos factos nos três períodos de tempo: passado, presente e futuro. É um livro deliciosamente bom que me causou por vezes muitos arrepios ao longo da sua leitura, mas foram arrepios bons, não de medo, não é um livro de terror é um excelente thriller psicológico, que me conduziu como leitora até ao limite.

Aconselho vivamente, a leitura do livro, não sei se já foi realizado algum filme com base neste livro, mas se não foi daria um excelente filme, pois tem um ótimo argumento.
Mesmo que este não seja o vosso género literário, tal como não era o meu favorito, leiam não se vão arrepender.

Gostei muito mesmo muito e prometo, que para além dos livros que tenho que ler para esta semana da Maratona de Inverno, este vai ser um género que passarei a ler com mais frequência, pois deixou de estar fora da minha zona de conforto. 

Leitura extraordinária, uma escrita brilhante, uma história fabulosa, cheia de suspense, mistério, ação e muito thriller à mistura.

Recomendo vivamente a sua leitura.
5 ESTRELAS NO GOODREADS

Excertos:
«Hoje aconteceu uma coisa interessante. Morri. Que horror, dirão. Que trágicoE era tão nova, com uma vida toda pela frente. Virá um artigo no jornal, que vivi demasiado intensamente e morri demasiado nova. O meu funeral será pequeno...uns quantos amigos chorosos, alguns vizinhos e conhecidos consternados. Que efusivamente vão consolar o meu pobre marido, Gray. Prometer-lhe amparar a nossa filha, que crescerá sem mim. É tão triste, dirão uns para os outros.Mas que ideia a dela.»pág.11

«Também vou sentir a falta deles e recordá-los bem. Mas não da mesma maneira. Porque a minha vida com eles é uma cortina de fumo, uma mentira cuidadosamente construída. E embora tivesse conhecido alguns, e gostado deles, nenhum me conheceu, de facto. Só conheceram as partes de mim mesma que decidi partilhar e mesmo algumas dessas coisas eram inventadas. Vou lembrar-me delas como nos lembramos de um filme preferido; belos momentos e frases que me virão à memória, voltando a enternecer-me. Mas acabarei por saber que o meu tempo com eles foi uma ficção, frágil e insubstancial como as páginas de um livro.» pág.11

«Tive sonhos que se pareciam com a realidade e vivi realidades que deviam ser sonhos. Dei por mim em autocarros com destino a lugares estranhos, em bancos de jardim de cidades desconhecidas, sem fazer a mínima ideia de como lá chegara. Perdi enormes pedaços da minha vida; na minha memória há enormes buracos negros que engoliram meses, anos até. Não tenho esses episódios desde que Victory nasceu, mas sei que estão sempre à espera na periferia da minha vida, como abutres rondando um coiote que manqueja pelo deserto.» pág.58

«A maioria de nós não vive no presente do indicativo. Quedamo-nos num sítio mental onde as mágoas e ressentimentos do passado competem com os receios sobre o futuro. Por vezes, mal nos damos conta do que se passa à nossa volta de tão ocupados que estamos a viajar no tempo.» pág.99

«Quando volto a mim, sentada na borda da cama com a minha filha a dormir ao fundo do corredor, passou-se uma hora. Sinto-me trémula e fraca. Não sei se quero lembrar-me das coisas que esqueci. Mas sei que as memórias virão agora, espontâneas, a ressurreição dos mortos.» pág.139

«Há perguntas que fiz a mim mesma várias vezes nestes últimos anos: consegue-se mudar de rumo e recomeçar de novo? Se fizemos coisas impensáveis, poderemos descartá-las como roupas que nos ficam mal, mudar o nosso todo e transformar-nos noutro alguém? Então e o alívio do castigo, a purga da expiação, o bálsamo da absolvição? Eu julgara-me livre. ... 
Mas devia ter previsto que Ophelia regressaria. O médico sempre mo disse. Não podemos esconde-nos de nós mesmos eternamente. As terríveis enxaquecas e os pesadelos, dizia ele, eram sinal de que o meu subconsciente estava a esforçar-se por suprimir as memórias que o consciente não conseguia. No fundo, a sombra quer ser conhecida e fará tudo o que tem de fazer para que a reconheçam.» pág.170

«Quero que ela saiba que a vida não é apenas jogar pelo seguro. Que, quando cometemos erros, parte da nossa recuperação passa por corrigirmos o que pudermos.Essa verdade tão simples magoa. Percebo que estou novamente a trair-me a mim mesma, desta vez pela minha filha.» pág.264
                       
                               
Boas leituras!

domingo, 12 de julho de 2015

Minha opinião do livro_conto «O Guarda» de Kiera Cass

O Guarda
Kiera Cass
  • Categoria: Romance
  • Publicado: 14/02/2014
  • Editora: Editora Seguinte
  • Vendedor: Companhia Das Letras
  • Páginas impressas: 102 páginas
  • Idioma: Português

Comecei a ler:12-07-2015
Terminei de ler:12-07-2015

Sinopse:
«O guarda é o segundo conto que se passa no universo criado por Kiera Cass, autora da trilogia A Seleção. Depois de conhecermos os verdadeiros pensamentos e inquietações de Maxon em O príncipe, agora temos um vislumbre das ideias e emoções do jovem Aspen, ex-namorado de America, que vai trabalhar como soldado no palácio durante o concurso.

Antes de ir para o palácio competir pelo coração do príncipe Maxon, America Singer era completamente apaixonada por Aspen. Criado como um Seis, ele nunca imaginou que acabaria se tornando um dos soldados responsáveis por proteger a monarquia. Em O guarda, a história é contada pelo seu ponto de vista, a partir do momento que a Seleção é reduzida à Elite. Sua rotina é composta de exercícios e tarefas variadas dentro da casa da família real — desde cuidar da correspondência até combater os ataques rebeldes. Pela primeira vez, o enfoque é o mundo paralelo dos funcionários do palácio, suas dinâmicas e rede de relacionamentos, que America nunca chegou a conhecer.
O guarda também está disponível em edição impressa, como parte da antologia Contos da Seleção, que traz ainda O príncipe com final estendido e bónus exclusivos (como uma entrevista com a autora e informações inéditas sobre os personagens), além dos três primeiros capítulos de A escolha, último livro da trilogia, que será lançado em maio de 2014.» retirado do site itunes
America
Aspen
Minha Opinião:
Um dos aspectos que tornou logo desde o início esta trilogia distópica diferente das outras que já li, não que tenha lido muitas distopias, mas li algumas trilogias românticas, e alguns romances tem a ver com o facto de eu não conseguir tomar uma posição, isto é, não consigo escolher um dos lados. Talvez por este motivo compreenda as incertezas da protagonista dos livros, a America. Para mim é muito difícil escolher entre o Maxon e o Aspen. Tanto um como outro vão tendo atitudes que me irritam mas também têm atitudes nobres.
Enquanto o livro conto, «O Príncipe» nos apresenta o ponto de vista do Maxon no período que antecedeu A Seleção e o princípio dela, no livro conto «O Guarda» temos a visão do Aspen no decorrer dos acontecimentos narrados ao longo do segundo volume da trilogia «A Elite». Achei esta ideia de conhecer o ponto de vista de Maxon e de Aspen brilhante, dado que é entre eles que America está dividida e é sempre bom saber o que vai nas suas cabeças
Aspen, está no castelo para proteger a família real, mas isso não quer dizer que ele concorda com a forma que as coisas funcionam. Através das suas percepções, é nos demonstrada uma outra realidade da vida no castelo. Conhecemos melhor não somente a sua rotina, mas o dia-a-dia dos demais empregados. Eles deixam de ser “sombras”, para se tornarem personagens mais activos no enredo.
Gostei bastante de conhecer este lado história, pois os factos parecem-me mais reais e com isso a narrativa ganhou um toque mais verdadeiro.
Determinado a obter o perdão de America, Aspen está disposto a fazer de tudo para reconquistar o amor da sua amada. Até ai tudo bem, afinal quem nunca tentou reconquistar um grande amor. Só que a forma como ele faz isso, é o que me incomoda. Uma coisa é ele querer mostrar para America que o Maxon, não é tão encantador como ele parece. Sim, por que é óbvio que ele não é perfeito. Mas, depois de tudo o que aconteceu após o baile de Halloween, ter atitudes que podem colocar tanto a America com ele em risco, é algo completamente desnecessário em minha opinião. Acho que são atitudes muito descabidas e arriscadas que não demonstram grande amor pela America, pois colocam-na em risco, a ela e a ele.
Outro aspecto especial é que neste conto, ficou muito perceptível que autora tenta fazer com que o leitor se encante pelo Aspen. Ela realça muito as qualidades dele, e o quanto ele é bom para a America e para com todos aqueles que o cercam.
Será de salientar um aspecto, não é que eu não goste do Aspen e que prefira o Maxon. Só achei um pouco forçada essa visão, “encantadora” que a Kiera, a escritora, tenta passar do Aspen. Acho que honestamente Kiera como escritora devia ter tomado uma posição mais neutral e deixar que fosse o leitor a ver por si os aspectos positivos de Aspen e Maxon.
Depois de ler este conto questiono-me se a autora não está já a tentar preparar o leitor para o final que ela quer que o livro tenha e não o final que toda a história da Seleção deveria ter.
Só saberei quando sair em Portugal o terceiro volume da trilogia distópica da Seleção, espero muito sinceramente que a editora Marcador não demore muito a lançar o livro por cá.


Boas leituras!